sábado, 15 de novembro de 2008

MAIS UM DIA PARA SE VIVER O PARADOXO!

ste é mais um dia na Terra. Li os jornais da manhã. O mundo continua o mesmo: em franco processo de auto-destruição. O ecossistema está dando claros sinais de colapso. Você sabia que uma das maiores bênçãos de Deus na natureza é o gelo? A água é o único liquido que em estado sólido se torna mais leva do quem em seu estado original: líquido. O gelo é mais leve que a água. É por isso que os mares não ficam pedrados, impossibilitando a vida. O problema é que até isto está começando a mudar com o “efeito estufa”. A natureza geme. Nós também gememos, aguardando a adoção de filhos. Nós que somos as primícias do Espírito Santo, dizemos: Aba, Pai. E também: Maranata! Enquanto isto, devemos conciliar Mateus 24 e 25. Em Mateus 24 a gente vê a História em seu processo suicida. Em Mateus 25 a gente vê que no Fim da História o pior juízo divino vem contra a omissão de quem viu, soube, e nada fez. “Quando, Senhor?”—é a pergunta dos omissos. “Sempre que deixastes de fazer...”—é a resposta do Senhor. Estamos aqui para constatar e para lutar contra. De um lado queremos que o Senhor volte. De outro, somos estimulados pelo Senhor a não ficarmos de braços cruzados aguardando o Fim. Assim, mais uma vez, a fé faz sua síntese no Paradoxo. Paradoxo é o nome daquilo que na Palavra significa Equilíbrio. Nosso equilíbrio está na experiência do paradoxo.

O MILAGRE DE CADA BOM ENCONTRO

Encontros são milagres ou são macumbas — milagres quando os sentimos bons, e macumbas quando os sentimos maus.



Quase ninguém pensa no milagre do encontro. Entretanto, num mundo imenso para nós, cada vez maior nas quantidades, cada vez menor nos espaços, em meio a tantos bilhões de variáveis, nas quais átimos de volição ou impulso podem mudar montanhas ou fazê-las sumirem na cratera do esquecimento ou da não-percepção.



Um encontro errado, uma pessoa errada, uma iniciação errada, um amigo errado, um dia mal, uma decisão equivocada, uma conseqüência inapelável, uma existência convertida em outra, um outro sentir, um outro ver-se a si mesmo, um outro ver-se no olhar dos outros, uma outra definição de si mesmo perante o mundo, uma outra postura, talvez agressiva, talvez passiva; enfim... — um outro produto humano como variável de uma matriz original de infindas alternativas.



A liberdade do homem reside na sua ignorância das infindas alternativas.



O homem é livre de saber, pois, saber lhe seria a angustia insuportável tomando-o por todos os lados.



Quando eu era menino deseja conhecer um ladrão. Aí pelos meus sete anos apareceu um ladrão roubando no escritório de meu pai; à época advogado.



Papai havia me dito que se pegassem o larapio eu iria conhecer um ladrão.



Pegaram-no. Nós fomos. Era um domingo à tarde. À porta do escritório meu pai pediu que eu esperasse no carro. Ele queria sondar o terreno. Minutos depois voltou lívido. Disse-me que o ladrão ficaria para outro dia...



Não aceitei. Ele sempre mantinha a palavra.



Então ele me disse que não me levaria até lá, mas que me diria quem era; tão somente eu guardasse segredo para sempre. Prometi. Ele sabia que eu guardava. Ele me treinara e educara para isso também.



— Meu filho, o ladrão é nosso amigo. É filho de minha comadre. É seu amigo de bola e de estádio aos domingos. É o fulano... Mas para que ele não fique envergonhado de saber que você sabe, não iremos lá; e você nunca o deixará saber que sabe; e vai tratá-lo como se não soubesse. Não é ladrão; apenas roubou.



Mas e se a atitude de papai fosse outra; e se divulgasse; e se chamasse a polícia; e se me deixasse ver; e se... — o que teria sido do moço; ou de mim; ou de todos nós? Uma resvalada; e tudo muda para sempre.



Uma pessoa toma uma decisão de visitar amigos, gosta do lugar, muda para lá, e encontra alguém que muda a sua vida. Mas o que a tirou de casa foi uma delicadeza para com um amigo que insistia e pedia uma visita.



Uma disputa entre amigos em razão de uma banalidade faz um rapaz e uma moça se encontrarem, e, mesmo sem amor para tal, casarem-se. E suas vidas nunca mais poderem ser outra coisa.



Um encontro. Um ato impensado. Um filho. E um destino radicalmente alterado.



Uma decisão: “Desço ou não do ônibus aqui nesta parada?” — e a vida da pessoa pode mudar para sempre; pois, nesta hipótese, a mulher que desce do ônibus tropeça na descida, e cai nos braços de um homem que a ampara daí pra sempre.



Assim, um dia, saberemos por quantos atos milagrosos fomos feitos e fomos salvos.



Entretanto, é bom se veja e que se busque entender cada instante-milagre que nos acomete.



Um segundo a mais... — e ele, ela, teriam virado a esquina para além do alcance de nosso olhar...



Tudo é co-incidência: incide junto.



Quase tudo em nossa vida é feito de “acasos” carregados de “desígnios”; e se desígnios não tivessem, mistério, todavia, não lhes faltaria; pois é como é possível que um segundo antes ou depois nos roubassem a oportunidade daquilo que passou a ser o resto-todo de nossas existências?



Assim, encontro é milagre, até quando é um mijagre.



Pense nisso!

TESOUROS EM VASO DE BARRO

Deus decidiu guardar Seus tesouros em recipientes muito fracos. Por isso temos nosso tesouro em vasos de barro — que somos nós mesmos —, para que a excelência do poder seja de Deus, e nunca nossa.

O poder de Deus sempre se aperfeiçoa na nossa fraqueza, pois, do contrário, certamente ficaríamos arrogantes.

Por essa razão é que em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.

Assim caminhamos, sempre trazendo no nosso corpo o morrer, para que também a vida de Jesus se manifeste em nós.

Isso porque nós, que vivemos pela fé em Cristo, estamos sempre entregues à morte por amor a Jesus e para crescermos em Sua Graça.

Ora, isso também acontece a fim de que a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal, que só pode experimentar vida tão mais excelente se nossa animalidade mais básica for sempre relativizada.

E se desejamos muito ser instrumentos de Deus — também pura obra da Graça —, ainda mais teremos que conhecer o caminho da fraqueza, a fim de que discirnamos nossos próprios corações.

Por essa razão é que aquele que é visto como alguém que edifica outros, mais profundamente conhecerá a operação da morte para que outros possam experimentar a vida.

As dores de uns são as sabedorias de Graça que trarão vida a outros.

Ora, o espírito de nossa fé é simples, e manifesta-se conforme está escrito: "Eu cri, por isso falei!"

Também nós cremos, por isso também falamos!

Mas fazemos isto sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará com Ele — sim, a todos nós!

Desse modo, sendo já herdeiros de todas as coisas, mesmo que existindo em fraqueza, devemos saber que todas as coisas existem por amor a nós.

Somente pessoas conscientes de sua própria fraqueza podem experimentar esse privilégio como gratidão, e nunca como arrogância. E tal consciência não se jacta como se isso fosse uma conquista individual e pessoal. Essa Graça está sobre muitos.

Isto para que a Graça, multiplicada por meio da vida e dons de muitos, faça abundar muita gratidão entre os homens para a Glória de Deus.

É por essa razão que não desfalecemos nunca. Mesmo quando vemos o nosso “homem exterior” se consumindo, pois sabemos que existe uma contrapartida. Afinal, na mesma proporção, o nosso “homem interior” se renova de dia em dia.

Dito isso, quero apenas recordar que não somos filhos da animalidade. Temos um tesouro eterno habitando em nossa fraqueza.

Ora, tal consciência gera muita paz. Afinal, sabemos que a nossa tribulação na terra é leve e momentânea, mas produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória.

Dessa forma, devemos andar pela fé. Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem.

As coisas que pertencem aos sentidos — as que se vêem — são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas.

Quem tem essa consciência em fé já não se queixa. Tampouco julga que o vaso seja importante. Afinal, o vaso é de barro, tirado do pó — e ao pó voltará! Mas o tesouro, esse sim, é eterno. E já nos habita como santa contradição da Graça, embora seus portadores sejam sempre expostos à fraqueza.

Essa é a fé que permite celebrar a Graça e a Vida com saúde. E nunca se gloriar do que possui, pois, de fato, não possui; apenas carrega!

O DISCÍPULO SURTADO

O pior discípulo é aquele que pensa que já sabe. Ele aprendeu algumas coisas. Já viu outras. Já até foi “usado”. Então, pensa que sabe. Então, repreende o mestre, diz que ele está pessimista, ou pergunta se é para matar ou deixar viver — conforme os muitos exemplos vindos dos evangelhos.



Pensar que se sabe é um problema, pois, pára o crescimento...



Assim, é fácil saber os conteúdos, as idéias, os raciocínios, as palavras, o conjunto de pensamentos, o sentido, o conceito.



Mas nada disso é ainda nada até que o caminho os chame de idéias, de pensamentos, e de conceitos, à dimensão de respostas na vida.



Pedro pensou que sabia e que podia, até que Satanás o peneirou como se faz ao trigo.



João já ouvira e até repetira muito sobre amor ao próximo, mas depois que ele quis descer fogo do céu sobre os samaritanos, foi que pelo não-amor ele viu o quão longe estava de ser um discípulo do amor de Jesus.



E o caminho o levou dos samaritanos quase fritos às epístolas do final do Novo Testamento, quando de filho do trovão ele já há muito se havia convertido em filho do amor.



No entanto, o episódio acima mencionado nos mostra como um discípulo pode surtar de repente.



João havia acabado de descer do Monte da Transfiguração. Fora exposto ao Sublime sem medida. E, logo adiante, surta.



E por que surta?



Ora, provavelmente porque a Transfiguração lhe foi uma Desfiguração no coração!



Eles viram..., mas só entenderam bem depois. No início foi um show da Graça. Só bem depois é que Pedro diria [em sua epístola] que no Monte Santo o importante era apenas: “Dêem ouvidos ao meu Filho amado!”. E a ênfase dele não foi na Transfiguração como Imagem, mas sim como Voz. “A voz que ouvimos...” — diz ele já velho.



Por isto é que Paulo diz que todos sejam experimentados antes de qualquer coisa, pois, mesmo onde se pensava que havia um discípulo, pode-se ter a surpresa de encontrá-lo desejoso de matar em seu nome [no caso de você ser o irmão discipulador], apenas por capricho e surto de grandeza.



A Transfiguração Desfigura o coração quando o discípulo ama mais o que vê do que o que ouve. Quem se impressiona com o que vê, em geral não dá ouvidos ao que ouve.



Por isso a Palavra não é a Transfiguração, mas sim a Revelação da face de Cristo de glória em glória no homem interior. Do contrário, qualquer um surta.



A glória de Deus surtou você algum dia?



Ora, quem não for tão diferente de João dirá que sim. E que o resultado da transfiguração apenas vista e não ouvida, terminou por torná-lo prepotente e com ímpetos de poder e domínio.



Mas, Graças ao Pai, que em Jesus sempre nos indaga:



“Ou não sabeis que o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas sim para salvá-las?”



“Vós não sabeis de que espírito sois!”



Você sabe?



Creia que sabe, mas não se descuide. O surto pode ser súbito!





Pense nisso!

SALMO 151: VOCÊ JÁ AGRADECEU PELO XIXI DE HOJE?

Papai sempre fez todas as necessidades fisiológicas com prazer desde antes de se converter. Ele também comia e bebia com muita alegria. A natureza, então, ele sempre a comeu como mel. Mas depois de crer em Jesus conforme o Evangelho, ele passou de prazer e alegria à gratidão devocional em tudo.



Foi fazendo xixi ao lado dele [amazonense ama um xixi no chão e no mato] que aprendi a ouvi-lo dizer: “Ó meu Senhor! Obrigado por esse xixizinho!”



Então... — xixi, caquinha, suor, topada, coçada, queda, cafuné, água, banho, sabonete, perfume, terra, chuva, sexo, beijo, abraço, visão, audição, impressão, sonho, sono, trovoada, energia, braços, pernas, dedos, ereção, prazer, oração, colchão, cama, coração, canção, voz, dor, saúde, fraqueza, cansaço, ânimo, tristeza, choro, exultação; e tudo o que só se faz com respiração, em mim passaram a ser objeto de culto e gratidão antes, durante, depois, e sempre que me lembro ou experimento tudo isso e muito mais...



“Todo ser que respira louve ao Senhor!”—Sim! E o louve por tudo o que só se pode provar enquanto e quando se respira gratidão.



Cada ato de inspirar e expirar deveria [e deve] ser um ato de gratidão!



Quem dera pelo menos aprendêssemos com os indianos o significado benfazejo da respiração física [já nos faria muito bem]; e, a tal aprendizado, aliássemos a certeza de que a respiração é culto a Deus quando se respira em Deus em total gratidão.



Ora, tem gente que diz: “Que é isso? Xixi como culto?”



Jesus disse que não é o que entra pela boca e sai por onde deve sair o que contamina o homem, mas sim o que lhe procede do coração-mente.



Portanto, caso você não pratique tais devoções e gratidões por achá-las impuras, então sugiro diferente.



Sim sugiro que você agradeça pelos seus correspondentes interiores, e que existem em seu coração.



Sim! Agradeça e diga:



Obrigado pela minha inveja de hoje, pelo ódio que me pervadiu, pelos ciúmes que me surtaram, pelas ambições que me cegaram, pelos adultérios que me visitaram a mente; e pela indiferença que me habita; pelo medo de amar que me possui, pela ingratidão que eu pratico, pela murmuração que eu adoro, pelo espírito de comparação e competição que me nutre; e pela minha falta de amor e respeito próprios, pela minha insegurança, pela minha imensa carência, pela amável vaidade que eu alimento; e também, pela prostituição emocional que eu pratico, pelos enganos que eu realizo contra o próximo, pela minha língua venenosa, pelos meus ardis nunca descobertos; e também pela vontade de só viver pro que eu gosto, pela insatisfação de pão simples, pela normalidade banal da respiração; e pelo meu corpo bonito e que agora é malhado; pois, assim, todo mundo fica vendo apenas o que não sou.



Assim, eu pergunto: você já agradeceu pelo xixizinho de hoje?



Prive-se dele e você entenderá como perde a chance de agradecer sempre... Ora, isto sem falar nas outras coisas...









Nele, que considerou puras todas as coisas; exceto as que procedam da impureza do coração sem a Graça da gratidão,

EXISTENCIALIDADE NA GRAÇA

A gratidão é a medicina para todo o ser, e nada pode fazer melhor ao coração. A gratidão é filha da Graça. Da Graça que é recebida como arbítrio do Amor. O encontro da consciência humana com a Graça como arbítrio do amor de Deus, gera uma visão de sentido em todas as coisas. Gera, portanto, uma existencialidade não-nauseada. Ao contrario, feliz, bem-aventurada. Assim, se Jean Paul Sartre se existencializou na náusea, eu posso, em Cristo, me existencializar na gratidão e no contentamento, visto que o mesmo principio existencial que tira o significado, gerando a náusea, é também o mesmo pelo qual o Espírito age gerando a gratidão, e todos os frutos do contentamento. E que princípio é este? Kierkegaard deu nome ao buraco. Jean Paul Sartre o encheu de náusea. E peço a Jesus que encha o meu de gratidão e contentamento. O princípio é a fé em virtude do absurdo. A fé foi substituída por “momento-em-si” ou "ato de vontade" e criou a náusea. A náusea, todavia, foi tocada pelo arbítrio do amor de Deus, e mergulhou em gratidão, e isto em relação a tudo, a ponto de saber conhecer o paradoxo de lutar para que a vida melhore, ao mesmo tempo em que sabe que tudo é como tudo tem que ser. Pois se há muito que se pode mudar, não há nada que se possa fazer. Embora Jesus espere nos encontrar lutando em todo bom combate. Desse modo, muda tudo o que tem que mudar, e não muda nada que não vai mudar, mas nós mudamos no processo, e, mais adiante, olhamos para trás na jornada, e vemos que tudo foi como tinha que ter sido, pois, você mesmo não pode mais imaginar como poderia ter ficado tão bom se não tivesse sido tão doído. No Caminho alguns dos que você ama se vão...mas sempre ficam em você. Outros desaparecem. Outros não sentem que devam aparecer. Há os que nos magoaram, mas que não quiseram ficar nem com perdão. Há os que reconquistamos. Há os que nos conquistam. Há os que nos fazem sua missão. Há aqueles que são nossas missões. Há os que nos alentam. Há os que nos levam a extremos. Há os que nos incendeiam, e há os que nos esfriam. Há os que nos aborrecem, e há aqueles aos quais nós aborrecemos. Há os que estão junto mesmo estando distantes. Há os que estão tão próximos, e tão distantes! No Caminho há todos os tipos de dias. Dos mais tenebrosos aos mais leves e radiantes. Há também todos os sentimentos. E há a hora para cada um deles. E todos permanecem, porém transformados em outros sentimentos, nunca menos essenciais. Mas quando se está no Caminho, em todas as coisas há um novo olhar. Assim, as mesmas coisas viram outras coisas, não nelas mesmas, mas para nós. A certeza do arbítrio do Amor de Deus é o que nos dá esse novo olhar. É a fé que lhe dá esse novo modo de olhar... Isto porque se a fé é em virtude do absurdo, então, nada há mais absurdo do que ter paz e contentamento no mundo. Sem fé o absurdo é a virtude, e a nause de Sartre é o vômito coerente com um mundo visto sem fé. A fé é realidade existêncial em-si. Já o "ato de vontade" de Sartre é uma ação existêncial sem fé, porém com fé no ato da vontade sem fé. Ora, somente pela fé a existencialidade produz o “bom animo” do qual Jesus falou. E só pode tê-lo quem crê que Jesus venceu o mundo. Esta é a vitória que vence o mundo, a fé em Jesus, Deus conosco, Deus em nós, esperança humana existencializada como Graça e Glória. Agora, celebre com gratidão a sua vida, cada pessoa, cada encontro, cada dor, cada carinho, cada amor, cada perda, cada equivoco, cada desperdício, cada engano, cada susto, cada amigo, cada inimigo, por cada nascido e por cada sepultado. Celebre com gratidão esse caldo de Graça e Amor de Deus que é a vida, apesar de todos os temperos que nela se jogam, bem apimentados, que é pra ficar bem gostoso. Isto será o início da gratidão!

JÓ E UMA AULA SOBRE O ABSURDO...

O universo funciona como universo e é regido pelas Leis físicas de causa e efeito. O problema é que o mesmo princípio não se aplica como uma certeza na vivência humana na História.

No universo físico todas as vezes que jogamos para o alto um objeto mais pesado que a camada de ar, ele volta e cai na Terra.

Isto é absoluto.

O mesmo, todavia, não se pode dizer da vida dos homens e nem de nenhuma forma de constância nas produções da História, tanto individual quanto coletiva . E esta é a razão pela qual muita gente tem dificuldade de viver crendo em Deus, pois, na pratica, a experiência humana, nem sempre acontece premiando os bons, com bondade; e os perversos, com o juízo!

Na Terra, é claro!

Manter a fé quando se chega a esta verdade-fato-da-vida significa dar o grande salto, fazer a grande entrega, que é quando o momento-moriá da alma humana acontece e é também quando serve-se a Deus por Deus, ou por nada!

É a impossibilidade de conciliar a idéia da existência de um ser que seja ao mesmo tempo Todo-Poderoso e Todo-Bom, o que aniquila a fé daqueles que pensam mais filosoficamente sobre a vida. Pois, de fato, pode-se crer que há Leis exatas regendo o universo físico (o que nos inspira a crer em Deus), mas a desordem e as injustiças praticadas contra, sobre ou em favor dos humanos, parecem não combinar com a existência de um Deus que seja soberano sobre as coisas visíveis e invisíveis, e que exerça Seu Todo-Poder com Toda-Bondade aqui neste planeta e durante o prazo da existência terrena de todos os humanos!

A grande questão, todavia, é a seguinte: Até que ponto podemos incluir o ser humano nas fronteiras desse universo de Leis exatas?

Ora, nós, os humanos, somos filhos de dois mundos: vivemos no tempo e no espaço; no universo das Leis fixas, e, ao mesmo tempo, somos filhos da liberdade—liberdade de ser; de tentar deixar de ser; de ser contra ou a favor de nós ou de outros; de ser sem admitir que se é; de não ser para poder justificar o ser sem sentido; e, sobretudo, ser contra Deus; ou ser contra a idéia de um Deus que cria um mundo fixo (o universo e suas Leis fixas) e, um outro, feito de animais e humanos, onde a liberdade, a individualidade e a luta pela existência são regras do existir.

Para tais pessoas o único mundo possível em harmonia, é justamente aquele no qual elas dizem não acreditar que tenha existido: o Jardim do Éden—onde natureza e homens existiam em plena harmonia—, antes do tempo em aquele que era um mundo só, fosse partido em muitos pedaços, especialmente nos ambientes de nossos complexos corações.

Ora, para que o absurdo mundo atual faça algum sentido, tem que ter havido aquilo que a Bíblia chama de a Queda! Do contrário, não é possível conciliar a ordem universal com o caos da História humana, e, muito menos ainda, com um Deus que seja Todo-Poder e Toda-Bondade!

A tese de Jó era esta. Ele não entendia o que lhe estava acontecendo, mas negava-se a aceitar o pressuposto de causa e efeito à partir do qual seus amigos o julgavam.
Aqui, é acerca desse questão que estou tratando porque a maioria dos cristãos pensam como os “amigos de Jó.”
Portanto, quero que você saiba que essa tese não resiste um confronto nem mesmo com as verdades da História, conforme ela se deixa “ver”.

E, neste sentido, a melhor resposta histórica que os aderentes da Teologia Moral de Causa e Efeito poderiam receber vem de um dos livros menos lidos, cridos e meditados da Bíblia: o livro de Eclesiastes de Salomão.

VOCÊ QUER AUTORIDADE?

esus disse que os Seus apóstolos ligariam e desligariam coisas nos céus e na terra.



Eu lia isto e sentia profunda rejeição.



Parecia-me algo muito estranho e diferente de Jesus; e, sobretudo, estranho ao que se poderia esperar de homens que nos três anos de caminhada com Jesus não haviam apresentado maturidade para discernir quase nada.



Eles? Quem? Nós? Eu? Quem por mim? Quem contra mim? Quem contra o próximo? Quem poderia? Quem saberia? E, sobretudo: Por quê? — eram as minhas questões na juventude.



Naquele tempo o “aplicativo” do principio relacionado a ligar e desligar na terra e no céu, sempre remetia para o poder que a Igreja Católica evocava para si como Representante Oficial de Deus na Terra, com um Estado entre as nações deste planeta sobre o qual ela pretendia reinar como consciência moral e religiosa.



Ora, a Igreja Católica ficou mais civilizada nas manifestações de suas ambições. Porém, entre os Protestantes que viraram Evangélicos, e, entre esses, especialmente os Pentecostais e os Neo-Pentecostais — houve uma extraordinária inflação de Bispos, Apóstolos e Profetas; e, com eles, de doutrinas de Autoridade Espiritual que nada mais são que a sanção da unção de Sanção no exercer poder sobre os homens no cacete psicológico e nas torturas do poder de manipulação.



No fim é apenas autoridade de homens sobre homens, e isto em nome de Deus, embora seja tão somente o exercício de tirania, controle, manipulação e comercio.



Fica ainda pior quando o que Jesus disse no mesmo texto, é evocado pelos novos apóstolos e bispos: “Se perdoardes os pecados, eles serão perdoados; se os retiverdes, serão retidos”.



Ora, em nome disso, milhões de seres humanos são iludidos, conduzidos, manipulados, assombrados com ameaças de maldição, e vitimas de toda sorte de exploração.



Na verdade o que Jesus diz no Evangelho de João acerca do assunto, parece induzir a uma leitura que transfere poderes de vida e morte para os apóstolos.



Afinal, a fim de entender qualquer coisa que pareça diferente de Jesus, a pergunta é simples:



Como foi que Jesus encarnou tal principio em Sua vida, visto que Ele é o Verbo encarnado?



Ora, como digo, Jesus é a Chave Hermenêutica!



Portanto, nesta questão, minha pergunta é:



Quando foi que Jesus anunciou a quem quer que seja que Ele estava ligando ou desligando qualquer coisa em relação a quem quer que fosse?



Vê-se com freqüência que Ele perdoava pecados, mas não se diz que Ele retinha pecados ou que anunciasse que alguém estava com seus pecados retidos por desobediência a Ele ou a qualquer coisa.



E mais:



Quando foi que se viu qualquer apóstolo ligando e desligando, além de Paulo entre os Corintios?



Entre os Corintios Paulo manda que alguém seja entregue a Satanás para a destruição da carne, para, logo a seguir, em outra carta, discernir que aquilo os colocava sob estranhos desígnios de Satanás, e que deveriam ser por eles discernidos e renegados.



Assim, segundo o espírito de Jesus e do Evangelho, fica decretado que:



Todo aquele que ligar e desligar, desligue e ligue como Jesus; pois, assim, somente oferecerá ligamentos e perdões; visto que foi assim que Jesus, o Mediador, mediou a vida; não sendo, portanto, permitido a ninguém que seja ou faça de modo diferente do Dele; sob pena de tornar-se um bruxo, um feiticeiro, um diabo, um satanás, um blasfemo; amarrando e matando os homens em nome de Deus; e, assim, cumprindo os desígnios de Satanás, enquanto se arroga a possuir autoridade supostamente concedida pelo Espírito Santo; sendo esta, todavia, a percepção equivocada daquele que é manipulado, embora o manipulador saiba que ele não é coisa alguma do que se arvora a ser para os outros.



Quem exerce autoridade, se não quiser pecar e blasfemar, a exerça apenas no espírito de Jesus, que, sendo Mestre e Senhor, ensinava de modo leve, com jugo suave, e isto porque Ele é manso e humilde de coração.





Nele, em Quem toda autoridade tem que ser como a Dele para ser vinda do Pai,

UMA BULA DO HOMEM PARA DEUS!‏

Parece que a coisa mais difícil que existe para alguns cristãos em relação a Deus, tem a ver com o tal encontro paradoxal, e, mesmo, completamente irreconciliável, entre a Soberania de Deus e a Liberdade do Homem.

Se o homem é livre, Deus não sabe tudo. Se Deus sabe tudo, então, o homem não é livre — diz-se com a crença de que se conhece ambas as dimensões, a do finito e temporal, em contraposição ao que seja Eterno e atemporal.

Fico sempre perplexo com a disposição humana de buscar entender Deus em relação ao homem, sempre fugindo do fato que somente importa entender o homem na sua relação com Deus; e isso se tivermos Revelação, do contrário, nem isso entenderemos.

A mera existência da chamada ciência teológica é em si uma falácia, sendo que o termo “teológico” deveria ser considerado algo vinculado ao charlatanismo.

Por quê?

Porque se é de Deus que falamos, então, pela lógica, de Deus deveríamos parar de falar, sem falar que pela própria lógica se chega a tal constatação ante a natureza da revelação de Deus nas Escrituras e na Natureza criada.

Pela Escritura se chega à conclusão simples que não se pode esquadrinhar o entendimento de Deus, o que acaba com a idéia pagã da teologia que se diz o estudo de Deus.

Jesus simplesmente disse que tudo está nas mãos do Pai, ao mesmo tempo em que mandou que os homens cuidassem de tudo como se tudo dependesse de cada pessoa na Terra.

Entretanto, o COMO da Soberania de Deus ou ainda o COMO de Deus ser livre [modo, mecânica], não compete ao homem elaborar, sendo seu exercício apenas divagações tolas e insensatas pela sua própria natureza.

Ora, eu mesmo não compreendo meu próprio modo de agir, como então me arrogarei a entender o Modo de Deus ser?

Proponho aos teólogos que quando todos estiverem curados e resolvidos em tudo, que, então, dêem-se ao luxo de gastar tempo discutindo COMO Deus é.

Antes disso é bizarro!

Depois disso, todavia, não se discutiria tal assunto, pois, uma parte da cura do homem está em resolver sua síndrome de onipotência, mediante a qual se arroga a entender Deus, ou, em outras palavras, arroga-se a criar uma lógica acerca de Deus, uma teologia. Porém, uma vez que ele se enxergue, verá o suficiente para ver que nada vê.

Fico vendo aquela pulguinha dizendo grandes coisas acerca de COMO Deus é. Lá está o homem, vomitando ignorâncias e pensando que são pensamentos de Deus. Não! São pensamentos acerca de um Deus que cabe no pensar, sendo, por isto, apenas obra de artesanato de rasas idéias como matéria prima para a fabricação fictícia e pobre.

A Natureza, no entanto, nos obriga a viver com o que não se entende. Todavia, aparentemente, tais teólogos não ousam falar do Universo, da criação, embora creiam que seja mais fácil dizer COMO Deus é.

Ora, ouvi-los-ei bem melhor quando falarem tão bem quanto seja possível em profundidade falar com entendimento sobre a natureza humana, a partir de si mesmos, e, além disso, quando manifestarem compreensão acerca do que na própria criação manifesta paradoxos irreconciliáveis para a mente do próprio homem.

Sim. Somente depois de lidar com o Paradoxo Irreconciliável na Natureza é que o teólogo pode, gentilmente, falar de sua ignorância acerca de COMO Deus seja.

Mas a criatura é para o teólogo maior do que o Criador. Por isto, ele, o teólogo, arroga-se a falar de Deus, e diz que não fala do Universo e de suas entranhas já conhecidas, pois, nada entende de física ou de Astronomia, ou de genética, ou de biologia, ou de qualquer outro campo do saber. Porém, de Deus ele diz saber tudo, pois, já está dogmatizado ou sistematizado; ou, quem sabe, está em processo de desnudamento pelo saber do próprio homem que diz saber de Deus, apesar de nada saber acerca do que lhe seria mais próprio: conhecer a si mesmo e a criação.

Entretanto, assim mesmo, ele, o homem, fala de Deus, pois, supostamente, crê que Deus seja mais fácil de ser falado do que a Natureza [a criação]; sem perceber que ou ele, o homem, aprende a falar em Deus apenas porque crê Nele, ou que então deve ficar calado até que possa falar compreendendo de si mesmo e a criação, sob pena de se tornar idolatra no pensar, visto que cultua a Natureza com mais reverencia no altar do pensamento do que cultua a Deus em fé, posto que ante a natureza ele se cale, mas perante Deus ele ouse dizer COMO Deus é.

“Eu cri, por isto é que falei”, é como se pode falar que nada se sabe sobre Deus, exceto acerca do que Ele diz de Si mesmo.

A Teologia não se interessa de fato em Quem Deus diz ser, mas sim em COMO o homem precisa que Deus seja a fim de que lhe faça sentido.

Ora, primeiro o teólogo tem que saber lidar com todos os Paradoxos do Universo criado e visível. Se ele puder explicar alguns desses irreconciliáveis paradoxos visíveis e mensuráveis [ainda que com medidas quase infinitas no Macro e no Micro], então, ele, o teólogo, poderá começar a falar nos Paradoxos de Deus, mas apenas para dizer:

Se não compreendo todos os irreconciliáveis paradoxos universais, e que são criações de Deus, como poderei eu entender Deus, se, também, até hoje, não entendo a mim mesmo?

Na Natureza existo sob o signo do Absurdo para mim mesmo, pois, não consigo entender nem mesmo os paradoxos do Cosmo.

Não consigo entender as dimensões do Universo, seu AMBIENTE, seu lugar. Nada sei de seus buracos negros, buracos brancos, novas e super-novas, de suas múltiplas formas de energia, de sua energia branca, de suas fusões galácticas, de sua massa negra em expansão descontrolada... Mas, assim mesmo, aceito viver em tal total ignorância, pois, mesmo não entendendo o Universo, sei que existo. Assim, declaro que o sentido das coisas vai no máximo de mim a mim; e nada além disso.

Ora, é possível que existam também universos paralelos, pois, se de um lado o Macro-Cosmo é impensável em seus tamanhos e em sua natureza estudável e visualmente fixa de ser, de outro lado, no Micro-Cosmo, no nosso até agora conhecido ambiente da matéria, no mundo sub-atômico, encontra-se o paradoxo até agora irreconciliável entre os dois mundos, Macro e Micro, posto que se o primeiro é fixo, o segundo é completamente imprevisível, sendo feito de algo que pressupõe a possibilidade de mudanças totais em razão da natureza não-fixável das partículas quânticas, e, por tal razão, também aberto a existência de universos paralelos.

Eis o Paradoxo.

Sim! Como o que existe e que não posso negar, existe sob as bases de algo não fixo e não fixável, aberto a todas as possibilidades, e, além disso, operando aparentemente sob um principio oposto ao que rege o Macro?

Macro e Micro existem em um paradoxo irreconciliável!

Einstein fugiu do paradoxo. Não podia aceitar o fato que ele mesmo ajudara a entender, apenas porque não compreendia a síntese de tal paradoxo entre o Macro e o Micro, e acabou angustiado ante suas próprias descobertas, em razão de não ter se rendido ao fato que o próprio Universo é feito de elementos que transcendem o homem.

E o que mais não sei além de tudo?

Assim, paremos a converseira acerca de COMO Deus é, e, desse modo, cuidemos de a Ele conhecermos pela fé na Revelação Dele em Jesus, e isso sem pretensões teológicas, mas apenas relacionais.

Do contrario, se alguém falar de Deus sob os auspícios da bandeira Teo-lógica, então, que desse tal se peça que antes fale e explique a natureza paradoxal do Universo, a fim de então, humildemente, apenas dizer que nada sabe acerca da liberdade do homem e da Soberania de Deus, visto que ele, o homem, sabe que em si mesmo ainda é escravo de muita coisa [por isso nada sabendo de liberdade], e que, em relação a Deus, pela própria Revelação, sabe que Dele nada se sabe pela via do saber humano, posto que Deus tenha determinado que pela sua própria sabedoria o homem não conhecerá o Criador.

O que passa disso é charlatanismo intelectual!

VOCÊ QUER SABER O QUE EU SEI SOBRE A VOLTA DE JESUS?‏

Quer saber o que vai acontecer no futuro?

Ora, eu lhe digo...:

Acontecerá o que Jesus disse que sobrevirá ao mundo, e, hoje, ninguém que saiba o que está acontecendo tanto no mundo [categoria humana] como na Terra [categoria cósmica] tem qualquer dúvida quanto ao fato de que o que vem, virá.

Mas... a ordem de eventos, o que é a Grande Tribulação, quem é o Homem da Iniqüidade, quando será o arrebatamento dos discípulos do amor e da fé, o que são os Mil anos de reino dos santos, quando e como acontecerá; ou, ainda: quando o Senhor virá; e quando Israel segundo a carne se converterá; ou qual é o significado da vinda da Nova Jerusalém à Terra — isso, quem disser que sabe, ou que na Bíblia encontre uma ordem natural para todas essas coisas, está mentindo, ou, na melhor das hipóteses, é ignorante e nada sabe.

Quem sabe algo de tais coisas, sabe antes de tudo que nada sabe além do fato que tudo o que Jesus disse que acontecerá, acontecerá, mas ninguém pode dizer a ordem!

Aliás, como o justo vive apenas pela fé, não poderia ser diferente!

Portanto, quem desejar saber, saiba apenas o que há para saber, mas não busque bruxificar a revelação criando “ordens” de eventos que propositalmente foram deixados “abertos”.

Ninguém sério com as Escrituras haverá de dizer “quando” e nem tampouco em que “seqüência” as coisas se desenrolarão.

O que fica é vigilância em todo o tempo; e, sobretudo, a decisão de não se esfriar no amor; pois, a tal era glacial já está presente no mundo!

Quem quer saber mais... —... esse não quer apenas vigiar!

Esta é a Era das Virgens néscias e das sábias!

As néscias querem saber quando. As sábias apenas aguardam com azeite... alimentando o fogo do amor.

ERA GLOBAL, DIABO GLOBAL, MEGALOMANIA NATURAL!‏

E vi subir do mar um monstro que tinha sete aliados e dez grandes outros poderes entre os homens. Os poderes aliados ao monstro do mar foram ungidos pela aceitação dos homens, e sobre as suas cabeças foram postos um nome de blasfêmia.

O monstro que vi era semelhante a uma mistura de forças e poderes, como se fosse um ente parecido com um leopardo, mas com os pés como os de urso, a sua boca como a de leão...

E a Serpente deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.

Então vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após do monstro.

E adoraram a Serpente, que deu ao monstro o seu poder!

Também adoraram ao monstro, dizendo: Quem é semelhante ao nosso monstro? Quem poderá batalhar contra ele?

E foi dada ao monstro o poder de falar ao mundo, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses.

E, então, abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.

E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.

E adoraram ao monstro todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Se alguém tem ouvidos, ouça.

Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.

E vi subir agora da terra outro monstro, e tinha dois poderes que se mostravam mansos como a autoridade de um cordeiro; embora falasse como o dragão-serpente.

Ora, esse monstro que vem da terra, não do mar, exerce todo o poder do 1º monstro na presença deste; e faz que a terra e os que nela habitam adorem o 1º monstro, que veio do mar, cuja chaga mortal fora curada.

E, assim, o monstro da terra faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.

E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença do 1º monstro, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem ao poder deste, o qual tinha sido ferido, mas vivia.

E foi-lhe concedido que desse vida à representação do 1º monstro, para que também a imagem dele falasse ao mundo; e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem mundial do monstro.

E, assim, o monstro da terra faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome do monstro, ou o número do seu nome.


Quando Jesus disse a Pilatos que a autoridade que o Proconsul possuía vinha de uma instancia superior à de César, muitos logo pensam que seria a autoridade de Deus o poder ao qual Jesus fazia referência.

Ora, é claro que todos os poderes existentes decorrem de Deus, mesmo aqueles que existem contra o amor.

No entanto, quando Jesus disse isso, Ele também associou o poder que dava aquela autoridade a Pilatos, a algo que existia sob culpa.

Portanto, Jesus não fazia apenas referencia aos “poderes” humanos, e, nem ainda, à última instância de Poder, de Deus; mas sim aludia ao poder daquele que Ele mesmo chamou de Príncipe deste mundo [sem ironia] e de Pai da mentira [sem sarcasmo].

No Apocalipse está dito e repetido que o Dragão, que é a Antiga Serpente, Diabo, Satanás, dá autoridade e poderes à Besta, pois, ela, a Besta Humana, desejará solucionar problemas e alcançar objetivos globais.

Foi do mesmo modo que o Diabo aproximou-se de Jesus — conforme Lucas, o qual nos diz que, ao tentar a Jesus, o tentador o “elevou”, e, “por um momento”, mostrou a Ele todas “as glorias dos reinos deste mundo” — e disse:

“Posso dar-te tudo isto, com toda a sua glória; pois, tal poder me foi entregue; e o darei a quem eu desejar; e o darei a Ti; se Tu, prostrado, me adorares”.

O Diabo ofereceu a Jesus um poder global, e, não o fez com bazófia, pois, era diante de Jesus que ele estava.

Portanto, pergunto:

Não oferece ele todos os dias o mesmo poder a quem encontra com a disposição de um salvador do mundo?

O Diabo adora um salvador do mundo!

O poder de Hitler, na Alemanha do século passado, foi uma clara demonstração da liberação de tal poder como avalanche sobre o mundo.

É assim porque a tentação é do tamanho da missão ou do surto.

No caso de Jesus, a tentação era do tamanho do mundo inteiro. Afinal, tratava-se do Salvador do Mundo.

Quanto maior a auto-percepção ou o surto acerca dela, do mesmo tamanho será a tentação.

Assim, numa Era Global a tentação é global!

E mais:

Quanto mais Global for o mundo, mais globais serão os messias, e, assim, mais diabólicas serão as tentações.

No fim eu pergunto:

Quem é hoje o homem que ouve o Diabo lhe dizer ao pé do ouvido: “Tudo isso, com toda a sua glória, ti darei; pois, tal poder me foi entregue; e o darei a quem eu desejar; e o darei a ti; se tu, prostrado, me adorares”?

Quem ajoelhar ocupará o posto! — e isto conforme o tamanho da missão, da ambição, do sonho, do surto, ou do convencimento.




Nele, que desmascarou tal poder,

Bush e o pão da culpa que o diabo amassou

Minha geração nasceu sob o ocaso do Império Britânico e viu o surgimento e fortalecimento dos Impérios Soviético e Americano.

Ora, o Império Soviético acabou e estamos vendo a queda do Império Americano.

Agora assistimos ao aparecimento de novos conjuntos de nações e de confederações de Estados unidos por interesses nunca revelados.

Provavelmente tudo isto aconteça bem devagar, mas, certamente acontecerá.

A morte dos impérios ocidentais abre novos espaços nas almas humanas.

Os Hindus sabem que seu modo de ver a realidade é moderno, e que o paradigma quântico melhor se adapta à noção deles de realidade do que a dos filósofos do ocidente.

Os budistas vêem a derrocada do ocidente cristão em silencio. Para eles chegou a hora dos que ficam em silencio e não fazem discursos.

Entretanto, nenhum grupo religioso se sente mais vitorioso no momento do que os radicais islâmicos.

Quem quer que veja o mundo com o olhar do Islã sabe que bin Laden é o juiz humano da América do Norte!

Sim! Osama bin Laden é o Saladino mulçumano da atualidade a vencer Bush Coração de Rato!

Para quem não vê a vida com olhos cristãos ocidentais, o presente momento da história é a comprovação da falência do Cristianismo como religião e poder determinante no mundo.

À volta de seu fogo nas cavernas do deserto bin Laden dá glorias a Alá!

Sim, bin Laden sabe que as bombas-avião que lançou sobre as Torres Gêmeas não foram suas armas mais poderosas; pois, de fato, sua arma mais efetiva foi a Bomba-Bush!

O presidente americano foi a bomba que a própria América criou a fim de que hoje lhes explodisse na face.

A América dos aviões e das indústrias de guerra foi alvejada pelo seu próprio poder: os aviões.

Os ataques com avião nas Torres tornaram-se a manifestação do Pão de Gideão vindo sobre os americanos-midianitas, isso no sentir de todo o mundo islâmico.

Hoje bin Laden é o “Elias” de Bush e da América! Sim! Faz descer fogo do céu!

Mais uma vez prevalece o espírito do Apocalipse como revelação, pois, à semelhança de uma Grande Babilônia, a América ouve os reis da terra clamarem: “Caiu! Caiu!” — e tudo aconteceu em meia-hora no mercado financeiro globalizado e instantâneo.

É ficar de olhos bem abertos!
Apenas 14% das urnas foram abertas até agora, enquanto escrevo este texto, mas, considerando que são urnas de estados Reds, ou seja, Republicanos, tudo indica que o Senador Barack Hussein Obama II, Democrata, possa vir a ser o novo Presidente dos Estados Unidos da América.

Quem sabe?

Entretanto... Vejamos:

Nascido em Honolulu, Havaí, filho de Barack Hussein Obama, do Quênia, e de Ann Dunham, uma americana branca de Wichita, no Kansas, com nome de imperador ou rei, Barack Hussein Obama II apresenta-se com experiência multi-cultural em todas as perspectivas; fazendo de seu nome, sua cor, suas heranças, sua internacionalidade, de sua multi-racialidade, de sua inter-religiosidade, e de sua experiência com serviços humanos — o que faltava à América e ao mundo, em termos de novo paradigma de Imperador Global, amado pela mídia, aguardado como messias por quase todos os povos, especialmente os árabes, africanos e grupos étnicos segregados ou estigmatizados.

Obama, sendo Presidente da América do Norte, candidata-se no ato de sua vitória a salvador não apenas dos States, mas de toda a Terra.

Sim! Ele surge dizendo que quando sua família se reúne, com gente branca, negra e de nações diferentes, com costumes e crenças diferentes, é como se “uma Mine-Nações-Unidas estivesse em reunião”. Assim, Barack Hussein Obama II confessa que já carrega as nações unidas como herança de família.

Obama tem o pedigree!

Obama é perfeito.

Magro, simpático, elegante, fluente, eloqüente, rápido de raciocínio, bom de câmera, conectado com esta geração, emblemático em sua aparência, em sua genética universal e em sua condição de multi-tudo, o futuro novo Presidente dos Estados Unidos sente-se como o homem da Era, e não apenas da Hora.

O discurso de Barack Hussein Obama II é ótimo. Suas propostas são boas. E sua capacidade de diálogo é imensa. Obama é tudo o que um governante precisa ser nestes dias a fim de ser relevante ao mundo.

A escolha de Hussein Obama teria tudo para me alegrar, como, por exemplo, a eleição de Clinton me alegrou no inicio da década de 90.

Mas não estou alegre, embora, por convicção, jamais também votasse em McCain se lá eu tivesse que votar, não por ele, que me parece um homem bom e honesto, porém, apenas nele não votaria a fim de não re-significar aquilo que é in-re-significável: Bush.

Ora, por que Barack Hussein Obama II, o presidente perfeito, não me alegra?

Não consigo me alegrar em nada que não me traga um testemunho espiritual acerca da natureza da pessoa.

No que diz respeito à Barack Hussein Obama II, o que sinto é que ele seria ótimo se ele mesmo não se achasse mais que ótimo.

Na realidade Obama se sente o messias deste século.

Sim! O homem que veio para salvar a América e unir o mundo.

Ou seja:

Barack Hussein Obama II é candidato a Gandhi-Luther-Kennedy-Mandela — na esperança de que no caso dele não haja assassinatos, como aconteceu com os três primeiros, e nem encarceramento, como se deu com o último.

O sonho de um homem como Obama não é matar Osama, mas sentar com ele e convertê-lo em Obama.

Não creio que Obama queira fazer nada de mal. Meu único problema com ele tem a ver exclusivamente com o mal que ele pode fazer apenas por se ver como um ente messiânico desenhado para unir o mundo.

Ou seja: Obama se sente como um Filho do Homem; como um ser que é a melhor síntese humana.

Ora, uma pessoa como Barack Hussein Obama II, ainda que seja um Hitler ao contrário, mesmo assim sofre do surto que torna governantes poderosos em seres extremamente perigosos.

O mais é ver... Sempre com as melhores esperanças, porém, sem ingenuidade quanto ao discernimento de espíritos.

Torcendo para estar totalmente enganado,